quinta-feira, 3 de abril de 2014

TERREMOTO DEIXA 6 MORTOS E PROVOCA TSUNAMI NO CHILE

Tremor de magnitude 8,2 ocorreu a cerca de 100 km da cidade de Iquique.

Tsunami atingiu a região norte do país; alerta foi retirado na madrugada.

Veículos e barcos foram atingidos após tsunami na cidade de Iquique, no norte do Chile (Foto: Cristian Vivero/Reuters)

Um terremoto de magnitude 8,2 que atingiu parte do Chile na noite de terça-feira (1°) e provocou um tsunami na região norte do país deixou pelo menos seis mortos. As causas das mortes seriam ataques cardíacos e esmagamento, segundo autoridades chilenas.

Além dos mortos , pelos menos três pessoas ficaram gravemente feridas, informou o ministro do Interior chileno, Rodrigo Peñailillo.

A Marinha do país emitiu um alerta de tsunami imediatamente após o tremor de terra. As ondas chegaram à costa do país e a maré aumentou de 1,58 m para 1,8 m, segundo o monitoramento da Marinha. O alerta de tsunami foi retirado na madrugada desta quarta-feira (2).


Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do terremoto de magnitude 8,2 está localizado a cerca de 100 km a noroeste da cidade de Iquique, na fronteira com o Peru, a uma profundidade de 20 km. Anteriormente, o terremoto havia sido classificado como sendo de magnitude 8.

O tremor e o tsunami forçaram autoridades do país a esvaziar partes de algumas cidades e a emitir alertas para toda a costa do Pacífico Sul e da América Central. A operação envolveu a retirada de 900 mil pessoas, segundo o diretor do Escritório Nacional de Emergências (Onemi), Ricardo Toro. Os alarmes soaram no vizinho Peru, onde o terremoto foi sentido com força e as principais cidades do sul foram isoladas, e até no Equador. Não foram divulgados estragos relacionados diretamente com o tsunami.

A mídia local relatou falta de energia e congestionamentos em algumas estradas, à medida que moradores tentavam fugir para regiões mais seguras, em meio à chegada das primeiras ondas a Iquique, uma cidade portuária importante para a exportação de cobre.

O Centro Nacional de Sismologia da Universidade do Chile informou que o forte terremoto foi sentido às 20h47 locais (mesmo horário em Brasília) e que seu epicentro foi registrado 85 km a sudoeste de Cuya e a 99 km da costa da cidade de Iquique, na província de mesmo nome.

Idosa é levada para abrigo após alarme de tsunami
em Antofagasta, no norte do Chile (Foto: Reuters)

Moradores no último andar de prédio na cidade
de Iquique (Foto: Cristian Vivero/Reuters)

O prefeito de Arica, a 1.660 km de Santiago, Salvador Urrutia, disse que a cidade registrou feridos após o forte tremor ter destruído algumas casas e causado danos a alguns prédios.

O terremoto também provocou deslizamentos de terra e bloqueios parciais de estradas, de acordo com o Onemi.

O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico informou que a costa do Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua também estava em risco.

Moradores se refugiam em estádio de Iquique,
no norte do Chile (Foto: Aldo Solimano/AFP)

Bachelet viaja para áreas afetadas

A presidente Michelle Bachelet se reunirá com os comitês de emergência e autoridades locais e se espera que adote diversas medidas para ajudar os afetados e na recuperação dos danos. Ainda não se sabe o número exato de pessoas que foram afetados pelo tremor.

Durante a madrugada, Bachelet decretou zona de catástrofe nas regiões de Arica e Parinacota e de Tarapacá, as mais afetadas pelo terremoto, e com isso os militares assumiram o controle da segurança com objetivo de evitar situações de saque e para "colaborar com as autoridades da zona nos trabalhos de ajuda", explicou a governante.

O tremor ocorreu perto de uma área onde estão concentradas algumas das maiores mineradoras de cobre do mundo. No entanto, a estatal Codelco, maior produtora mundial de cobre, informou que o epicentro do terremoto estava longe de suas operações. A gigante internacional BHP Billiton opera na região a mina de cobre Cerro Colorado.

"A mina [Cerro Colorado] está em uma área elevada, longe do epicentro [do terremoto], não deveria ter nenhum impacto nas operações", disse um porta-voz da BHP Billiton no Chile à agência de notícias Reuters.


Fonte: Globo.com

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